Herchcovitch dá o grito de vitória no dia, para mim. Sua coleção, cheia de inspirações dos brilhantes anos 80, trás lavagens e mais lavagens maravilhosas do jeans denim, além de shapes inovadores e sem exageros, e do clássico toque de sensualidade das roupas que lembram lingeries.
Em meio às hot pants, às jaquetas que imitam pelo de carneiro, aos tops croppeds, às golas inovadoras, e ao jeans, as caveiras dão as caras e mostram que chegaram para ficar (yaay!). Em maxi estampas ou localizadas, elas ganham espaço em meio ao clima fresco e jovem: um revival fantástico da "década perdida".
Em contraponto com a ousadia de Herchcovitch, a Acquastudio investiu em todo o charme e a delicadeza do ladylike. Tons pastéis e tons sóbrios transitam nas peças e evidenciam a feminilidade da mulher brasileira, revivendo o auge dos anos 40 e 50, com cintura alta e marcada, saias abaixo do joelho, drapeados, transparências, vestidos que evidenciam as curvas, por serem estruturados e sequinhos.. Do vinho ao bege, passando pelo azul claro, azul fechado, rosa e até metalizados, os looks ganham um ar futurista e formas geométricas evidentes.
A Patachou, por sua vez, foi buscar inspiração do outro lado do mundo, e trouxe propostas inovadoras e diferentes. É olhar o Japão com novos olhos. Tons terrosos, vinhos, laranjas quentes e pretos banham-se de dourado e apresentam shapes ora estruturados, ora longos e soltos, ora marcados na cintura com um cinto que remetia ao "obis" (aquele "cinto" do quimono). O toque especial da coleção ficou por conta do mix de texturas e sobreposições que prometem ser inesquecíveis.
O étnico tomou de conta da passarela da Alessa, na noite de ontem. Mix de estampas muito forte e presente, além das experimentações de texturas, materiais e cores, o sucesso ficou por conta das estampas, criadas a partir de fotos de tapetes persas. O clima oriental ficou no ar e encantou o ocidente na hora do desfile. Tecidos nobres, fluidez, moulage e tons terrosos pouco saturados foram o hit da noite.
E, para concluir com chave de ouro, prata e bronze, a Cantão encheu os olhos de quem estava no salão e deixou a sensação de transformação, metamorfose, de experimentar aguçar todos os sentidos e ver o mundo com outros olhos, de dentro de um casulo, com toda a beleza de uma borboleta. Shapes ovais, looks off-white, azul, verde, vermelho, amarelo, tons de cinza e preto formam pares perfeitos com a lã, o tricô, o couro e a seda, formando um resultado que se resume em uma palavra: Conforto. Aquela velha e boa sensação de estar em casa embaixo do cobertor quentinho num dia chuvoso. Tem melhor?
Gostaram?
Fiquem ligados, que mais tarde tem muito mais, hein! Não percam :)
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